sábado, 23 de junho de 2018

O que é o autismo?

Muitos
já ouviram falar a respeito,
mas nem todos
sabem o que é
ou como é. 


No Brasil, o problema ainda é tratado quase como se não fosse um problema.  Por esta razão o autismo atinge muito mais famílias do que se imagina, mas isto é ignorado porque é pouco divulgado. No máximo, o que se vê sobre isto é o tema sendo tratado através de telenovelas, mas com informações nem sempre corretas. Nem sempre a ficção consegue a mesma amplitude da realidade. Eu digo "famílias" porque problemas desse tipo, quando ocorrem com um membro da família, envolvem direta e indiretamente toda a família. Infelizmente isto retrata o descaso com que um problema tão sério como esse é tratado no Brasil: é abordado em telenovelas só para aumentar a audiência, não há um sistema educacional efetivo para autistas e os problemas relacionados a eles são raramente divulgados pelos veículos de informação. 
Tecnicamente denominado "transtorno do espectro do autismo", o autismo é um dos vários tipos de distúrbios neurológicos. Caracteriza-se principalmente pela dificuldade de comunicação verbal (comunicação através da fala) e não verbal (gestos, etc.), por comportamentos repetitivos e restritos. Em muitos casos é difícil detectar o problema logo no início, pois os sinais se desenvolvem gradualmente. Porém, há casos em que crianças autistas alcançam um marco de desenvolvimento em ritmo normal mas depois regridem. 
Os outros tipos de distúrbio são a síndrome de Asperger e o "transtorno global do desenvolvimento sem outra especificação". No primeiro caso ocorrem atrasos de desenvolvimento cognitivo. No segundo, não são considerados os critérios de diagnóstico do autismo nem da síndrome de Asperger. "Desenvolvimento cognitivo" é o desenvolvimento, numa criança, do processamento de informações, incluindo a habilidade da percepção, aprendizagem de línguas e outros tipos de aprendizagem em relação ao ponto de vista de um adulto. 
Há casos em que o autismo é hereditário, mas há também os casos em que o problema é causado por fatores ambientais. Já foi dito que o autismo também pode resultar de problemas causados por vacinas mas, segundo os especialistas, isto nunca foi comprovado. Os critérios estabelecidos para diagnosticá-lo exigem que os sinais sejam bem aparentes antes da criança completar três anos. É importante observar o nível de aprendizagem da criança comparando-o com o de outras da mesma idade, pois o autismo pode ser confirmado através de dificuldade do processamento como as células nervosas se conectam e se organizam. Deve-se também observar como ocorrem as sinapses, que são regiões onde agem os neurotransmissores (moléculas que funcionam como meios de comunicação entre as células do sistema nervoso).
No Brasil não há números oficiais precisos sobre índices de autismo, o que nos leva a crer que seja muito maior do que se possa imaginar. O que se sabe é que não há - ou pelo menos não se conhece no país - um sistema educacional especificamente dirigido a autistas. Isto obviamente dificulta sua capacidade de aprendizagem e, consequentemente, sua inclusão social. Por outro lado, há estudos que comprovam que intervenções precoces em deficiências comportamentais podem ajudar crianças com autismo a ganhar autonomia e desenvolver suas próprias habilidades para facilitar a comunicação. 
O tratamento é feito por meio de terapias comportamentais, educacionais e familiares. A participação de todos os membros da família que convivem com a criança é fundamental para a redução dos sintomas e para facilitar o desenvolvimento da aprendizagem. Para outras informações, consulte o site da Associação Brasileira de Autismo (ABRA). O ideal mesmo é consultar pessoalmente um neurologista. 

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